Dinis e a cidade Mágica


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Era uma vez um menino ruivo que passeava de trotinete pela estrada a fora. Começou a chover e teve de voltar para casa. Pelo caminho, esbarrou numa pequena menina que estava a passear o cão e tinha um gancho rosa nos seus belos cabelos castanhos. Pasmado, ficou a olhar para aquela linda menina, de olhos verdes e de pele lisa, macia como seda. Envergonhado, aproximou-se da menina e gaguejando, perguntou o seu nome:
- Co-co-co-co como te chamas?!
- Júlia. E tu?
- D-D-Dinis.
- Prazer. Não precisas estar envergonhado. Não te faço mal.
- E-e-eu sei. Mas estou embaraçado po-po-porque nunca vi me-menina t-t-t-tão bela como t-t-t-tu.
- Não digas isso, que assim também fico embaraçada.
- Bem, teenho de ir. É melhor ires para casa, não quero que fiques doente.
Pisco-lhe o olho e continuou o seu caminho para casa. Quando chegou, aquela nuvem negra e carregada desapareceu. Ao entrar em casa, sentiu aquele cheiro de frango assado, empinou a cabeça, fechou os olhos e inspirou aquele delicioso cheiro e disse:
- MMMMMMM, que cheirinho!
- Filho, vem para a mesa. O almoço está pronto!
- Sim mãe. Vou só lavar as mãos. Não vejo a hora de devorar essa bela e deliciosa carne.
Foi lavar as mãos e foi para a cozinha. Sua mãe estava tirando a panela do fogão e pondo na mesa. Dinis sentou-se e atacou logo o frango. A mãe disse para ele comer a salada, mas ele disse que não lhe apetecia.
- Oh filho, então? A salada também e para comer. Não posso deixar que estrague.
- Mas mãe, não me apetece agora.
- Vá, só um bocadinho.
- Mmm, ok mãe. Mas não como tomate. Sabes que não gosto muito.
- Pois, eu sei. Mas faz bem Dinis.
- Sim, eu sei Dona minha mãe.
Já satisfeito, dirigiu-se para o seu quarto, pegou num livro e ficou a conhecer o que era um planeta. Estava tão entretido mas a mãe chamou-o e disse que estava na hora de estudar um pouquinho. Dinis, pegou no lápis e nos seus apontamentos e começou a estudar. Passadas duas horas, Dinis foi jantar. Estava um convidado na sala, amigo do seu pai. Perguntou quem era e seu pai disse que era um velho amigo, e que era estrangeiro. Conversaram afrente da lareira, divertiram-se, e o pequeno Dinis teve de ir dormir, porque amanhã ele ia ter um dia cheio de surpresas e fantasias.
Dia seguinte, o menino acorda bem cedo e alegre, desce as escadas a correr, toma seu pequeno-almoço e vai apanhar o autocarro de melão para a casa do seu amigo. Passaram-se horas e horas, até que chegou ao destino pretendido. Saiu do autocarro, deixou cair suas malas e ficou de boca aberta ao ver todo aquele mundo de fantasia. Sabem quem era seu amigo? O Pinóquio. Levou-o a passear pela chuva de brinquedos, histórias e diversão que o deixou muito encantado. Nesse dia da sua chegada, o Pinóquio e os seus amigos preparam um festival de arromba! Com muita musica, comida, surpresas. Viajou pelo festival, numa mágica caixa de fósforos.
A caixa parou e o perguntaram ao Dinis o que ele queria comer. O pequeno sem hesitar, diz que quer um grande cachorro quente. Depois de comer, viajou para uma sala escura com um grande fantasma a seu lado direito e uma linda estrela no seu lado esquerdo. Metia cá um medo! – Mas de repente, ele começa a ver uma luz forte a surgir à sua frente, e dá-se um relâmpago e puuuuff! Entramos em casa de um duende.

Ao entrarem em casa do duende, Dinis reparou que tinha de tocar á campainha, campainha esta que tinha a forma de um grande dedo de plástico. Viu também que a casa tinha um aspecto triste que o próprio menino lhe chamaria de uma casa pobre comparativamente com a classe rica.
O menino passou portas e portas até que encontrou o duende sentado no sofá.
- Quem sois vós? Para me vires incomodar deve ser um assunto de tamanha urgência!
- Sou o Dinis, moro em Lisboa, disseram-me onde estavas e que eras um duende muito simpático e quis conhecer-te.
- Quem te disse tal coisa?
- O Pinóquio.
- O queeeeeeeeeeee? Vós conheceis o Pinóquio?
- Sim, porque tanta admiração?
- Por nada meu caro menino, você deve ser mesmo muito divertido para conhecer o Pinóquio e este dizer-lhe o que disse de minha pessoa!
Então o menino muito feliz com o que ouvia do duende sentou-se no sofá e conversaram durante a tarde toda.
Por final, o menino chegando a casa já muito cansado deita-se na sua nobre cama e faz um belo sono.




FIM